a estrada

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abrem-se caminhos

domingo, 4 de janeiro de 2015

DE OLAVO BILAC- O TEMPO



O TempoSou o tempo que passa, que passa
Sem princípio, sem fim, sem medida
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida

A correr, de segundo em segundo
Vou formando os minutos que correm...
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.

Ninguém pode evitar os meus danos...
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos,
Formo um século e passo adiante.

Trabalhai, porque a vida é pequena
E não há para o tempo demora!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!

Colaborou Monika Frish

CARTA A MEUS FAMILIARES

Caros familiares, 

Quando éramos crianças e vivíamos em Ciríaco  com nossos  pais  tinhamos a companhia constante de outras familias de parentes, como a do tio José Seganfredo, do tio Acchiles Seganfredo e do Ermelindo Allievi, que era  casado com uma filha do   tio  José, Gema Allievi, Vivíamos quase como nos primeiros tempos da imigração, pois  todas estas  familias haviam se deslocado da antiga colonia,   Nova  Bassano para  colonizar as terras em Ciriaco. Foi necessário repetir quase tudo os que nosso antepassados provindos da Itália haviam feito: construir as casas em madeira, começando por cortar os pinheiros, desmatar, plantar quase tudo o que se consumia, coser as roupas, erguer capitéis, grutas, Igrejas, denominar líderes para presidir a comunidade nas ações conjuntas as, rezas, datas religiosas,  festas de padroeiros....,podemos  dizer que crescemos  junto  com o Brasil,  Depois a  chegada do rádio, da luz elétrica, da TV , da mecanização da lavoura....Tudo isso presenciamos  e vivenciamos . Fomos também encaminhados  para colégios, ou internos ou não,    , era  a solução ir para a cidade, quem não estudou para exercer outras profissões foram povoar novas terras, desta  vez  em outros Estados  do  Brasil, como Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso....No tempo  presente já temos parentes espalhados quase por todo Brasil.   
Escrevo isso porque nesta semana faleceu nosso  querido primo Belmiro, o Miro, filho  de Acchiles e Ermelinda Seganfredo, este casou e migrou para o Mato Grosso, Campo Grande, não lembro se depois da ida dele para lá o tenha visto ainda. No entanto sempre guardamos, todos nós, com estes primos os mesmos laços de bem querer de quando morávamos perto. Sempre noticias, quando dava visitas, mas nunca rompemos os laços.Faço questão  de ressaltar isto, pois nos tempos de hoje pouco se cultiva destas amizades eternas, os primos já nascem um em cada cidade, longe uns dos outros, poucos tem oportunidade de conviver, por isso até dificulta a criação de laços  familiares  fortes. Mudança de tempo, mudança de sentimento, mudança de comportamento. 
Mas  esta semana com a partida do Miro , lembrei das histórias de  criança, das brincadeiras, das risadas, da vivência em familia,  da  mutua ajuda.

Vejo um esforço em recuperar os laços de familia, hoje faz-se muitas festas ,onde se reunem pessoas que tem origens comuns, traz-se sempre presente os antepassados, a história da familia.. É  uma forma de resgatar  alguns laços, que, caso contrário, acabarão se perdendo  para sempre..Estas  festas    são sempre  alegres, todos contando , ouvindo, cantando, se reapresentando. e o passado trazido novamente ao  presente.

]Esta  página de nossa história dedico a todos que partiram, nossos avós, todos nossos tios e tias. alguns primos e um irmão que morreram prematuramente.ou tragicamnete.
Enfim, as dores que temos de suportar  neste Mundo tambem se fazem   presentes em nossas  familias. Lembremos  com carinho os que ja se foram, os que estão aqui para cumprir sua missão nesta Terra, sejamos sempre unidos e lembremos  dos exemplos de nossos antepassados, o que nos ensinaram, a lutar pela vida, pelo bem viver, a sermos solidários com as pessoas,enfim, a sermos pessoas de bem, e de fato, somos.
   
abraço a todos,
até o dia  do nosso encontro
com estima
de vossa irmã, tia  e  prima


COM   MINHA SOBRINHA SILVANA  CERICATO CARBONE
EM FEVEREIRO DE 2014
REECEBOS ESTA VISITA DE SILVANA E SEUS  FAMILIARES QUE MORAM NO PARANÁ, QUANDO NOSSO IRMÃO ESTAVA EM TRATAMENTO MÉDICO. 
ANA MARIA FERRI  SEGANFREDDO