a estrada

a estrada
abrem-se caminhos

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PADRE ANTONIO SEGANFREDO, UM TIO BISAVÔ ILUSTRE

DO LIVRO POVOADORES DE ALFREDO CHAVES, GUAPORÉ E ENCANTADO


Embora  a atual e progressista cidade de Nova Prata  talvez tenha deixado a história deste padre italiano, tio avô de Cornélio Seganfredo no esquecimento o que neste livro está escrito é verdade.

Um padre  em meio aos imigrantes era tudo o que eles precisavam para não morrer de saudade, de medo, na desilusão.Andava léguas a cavalo para visitar as pessoas em meio à mata, em meio às colonias.
Quando foi transferido para Nova Prata que então se chamava Capoeiras, com o tempo reuniu os agricultores e juntos construiram a primeira Igreja de São João Batista, hoje, depois de reformada é considerada um ponto turístico na cidade.
Conhecido entre os parentes como "ZIO PRETE" , por ter vindo jovem ao Brasil, trabalhou na construção da estrada Buarque de Macedo, no final do árduo trabalho diário costumava reunir os imigrantes italianos para rezar o terço. Daí surgiu a vocação ao sacerdócio. Voltou à Italia e se tornou padre. Retornou ao Brasil e então como padre fez o trabalho quase que sobrehumano de manter a fé em meio a tantas tribulações.
Com a reforma da Igreja de São João Batista os restos mortais foram retirados da Igreja e entregues aos padres Carlistas.

mais informações no site FAMILIA SEGANFREDO NO BRASIL, DE HENRIQUE  SEGANFREDO

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

TALIANI NEL MONDO

sábado, 17 de dezembro de 2011

FICHA DA ENTRADA DOS SEGANFREDO EM MINAS GERAIS

imigrantes esperando para embarcar nos navios-Porto de Genova-ano 1896

AQUI COM A FAMILIA  NO BRASIL
HOSPEDARIA HORTA BARBOSA.CARLO E SUA FAMILIA, MAIS OS PAIS JÁ IDOSOS CHEGANDO AO  PORTO DO RIO DE JANEIRO AO INVES DE VIREM PARA O RIO GRANDE DO SUL ONDE JÁ ESTAVA UM IRMÃO DE CARLO CHAMADO GIUSEPPE E OUTRO PADRE ANTONIO SEGANFREDO FORAM ENVIADOS A MINAS GERAIS .DEPOIS DA ESTADA NA HOSPEDARIA FORAM PARA UMA FAZENDA DE CAFÉ TRABALHAR. O PADRE ANTONIO SEGANFREDO DESCOBRIU ONDE ELES ESTAVAM, SAIU  DO RIO GRANDE DO SUL EM JULHO E SÓ CONSEGUIU VOLTAR COM ELES EM SETEMBRO. IMAGINEMOS  O DESESPERO DESTA FAMILIA, UNS PERDIDOS ,  DOS OUTROS PARENTES; A CATERINA MENCIONADA NA LISTA É MINHA AVÓ, A NONA CATERINA SEGANFREDO




Imigrantes

Nome SEGANFREDO Pellegrino - 80 anos

Sobrenome SEGANFREDO

Livro SA-920 pag.: 93

Data 02/05/1897 (Data de entrada na Hospedaria)

Nacionalidade Italiana

Dependentes SEGANFREDO Maria - 69 anos - mulher

SEGANFREDO Carlo - 38 anos - filho

SEGANFREDO Giovanna - 35 anos - mulher

SEGANFREDO Caterina - 14 anos - filha

SEGANFREDO Amalia - 11 anos - filha

SEGANFREDO Maria - 10 anos - filha

SEGANFREDO Cirillo - 8 anos - filho

SEGANFREDO Assunta - 6 anos - filha

SEGANFREDO Lino - 4 anos - filho

SEGANFREDO Livia - 6/12 meses - filha



Embarcação Rio

Microfilme Rolo 04

Localização física Arquivo F - Gav. 1

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INÉDITO! EU PUBLICO ATÉ MEUS PROPRIOS COMENTÁRIOS.

Na America do Sul o trabalho dos jesuítas começou em 1580 e foram até 1640 instalando as Missões na Bacia platina. em 1680 quando da Fundação da colonia do Sacramento, que pouco durou por causa das disputas estre Portugal e Espanha pelo domínio do Território.Foram destruídos. voltaram em 1682 e foram até 1801, quando fundaram os SETE POVOS DAS MISSÕES. No auge da sua missão , com muita riqueza e fartura para todos os indígenas desta região, houve outro conflito que colocou definitivamente por terra todo o trabalho. a grande maioria da população indpigena reduzida foi dizimada e as construções se transformaram em ruínas, que existem até hoje em muitos lugares, do paraguai ao Rio grande do sul.


Por Ana Maria em A LINHA DO TEMPO NAS REDUÇÕES JESUÍTICAS DO TAPE em 04/04/10



Tudo começou quando o soldado espanhol Ignacio de Loyola foi ferido em uma batalha no ano de 1521. Durante a recuperação converteu-se ao catolicismo.Ele era filho de fidalgos, mas despojou-se de todos os bens materiais.ganhou seguidores , estudou teologia e em 1537 ordenou-se sacerdote em Veneza.fundou então a companhia de jesus , que foi reconhecida em 1540.andavam pelo Mundo, na India, no japão e por fim na américa.Educadores e engajados na política deixaram sua marca por onde passaram.

Por Ana Maria em PADRE IGNACIO DE LOYOLA E SEUS SEGUIDORES em 04/04/10


sono contento di poter conoscere una realtà così diversa dalla mia di europeo

Por info em QUEM POVOOU ESTE ESPAÇO ANTES DE NÓS, OS CIRIAQUEN... em 02/03/10


A CHEGADA DOS JESUÍTAS NA AMÉRICA DO SUL DEU-SE BEM ANTES DO QUE GERALMENTE É COMENTADO. VEJAM QUE NO SÉCULO XVI OS DISCIPULOS DE LOYOLA, O SOLDADO DE DEUS , JÁ SE ENCONTRAVAM ENTRE OS POVOS INDIGENAS. DESTES PRIMEIROS DOIS SÉCULOS DE TRABALHO POUCO RESTOU, POIS O QUE TINHA SIDO CONSTRUIDO NO PARAGUAI, ARGENTINA, PARTE DA BOLIVIA FOI DESTRUÍDO NA DISPUTA PELO TERRITÓRIO ENTRE OS PORTUGUESES E OS ESPANHÓIS. NA REGIÃO DE PASSO FUNDO/CIRÍACO NADA FICOU POIS NÃO HOUVE TEMPO DE CONTRUIR NADA. A REDUÇÃO DE SANTA TERESA DUROU DE 1632 A 1636/37.DISPERSOS OU APRISIONADOS OS INDÍGENAS REDUZIDOS DESPARECERAM POR UM BOM TEMPO. OS JESUÍTAS VOLTARAM PARA FUNDAR DEPOIS OS SETE POVOS DAS MISSÕES, NO SÉCULO XVII E A PAZ E PROSPERIDADE DUROU POR QUASE UM SÉCULO. NOVAMENTE NA DISPUTA PELO TERRITORIO PORTUGAL E ESPANHA SE ENGALFINHARAM E ENTÃO SIM...SÓ SOBRARAM RUÍNAS E OS POVOS INDIGENAS DO RIO GRANDE DO SUL NUNCA MAIS FORAM OS MESMOS!

Por Ana Maria em OS INDIGENAS QUE POVOAVAM O PLANALTO MEDIO em 02/03/10



O FILME A MISSÃO É UM RETRATO REAL DE ACONTECEU NOSSEULO XVI/XVII ANTES DA CRIAÇÃO DOS SETE POVOS DAS MISSÕES.

Por Ana Maria em (Postagem sem título) em 23/02/10


CASAL DE COLONOS ITALIANOS DE SOBRENOME BILIBIO-UNS DOS PRIMEIROS DESCENDETES DE ITALIANOS A COLONIZAR CIRÍACO.

Por Ana Maria em TRES SECULOS DEPOIS em 16/02/10




segunda-feira, 14 de março de 2011

A HISTORIA DO NAUFRÁGIO DO NAVIO SIRIO FICOU NA MENTE DE TODOS OS IMIGRANTES E SEUS DESCENDENTES


Aniversário da tragédia do navio Sirio passa esquecido na Itália e no Brasil
CONSTATEI POR MEIODE AMIGOS QUE EM UMAS CIDADES DA ITÁLIA, NO CARNAVAL FOI RELEMBRADOA QUESTÃO DA EMIGRAÇÃO E O NAUFRÁGIO DO NAVIO SIRIO
-ASSOCIAÇÃO GRILL BASSO PIAVE:

© Desiderio Peron - Insieme « Guida Turistica del Basso Piave




CARNEVALE 2011

ÈSUI PA’L MONDO



(Emigranti)







Si è conclusa la serie di sfilate carnevalesche che anche quest’anno hanno visto partecipe l’Associazione “G.R.I.L. Basso Piave” nelle sedi di Motta di Livenza - domenica 27 febbraio e martedì 8 marzo - e San Donà di Piave - domenica 6 marzo.



Ispirato da una problematica attuale e molto sentita, il carro “ÈSUI PA ’L MONDO” è stato proposto proprio allo scopo di sollecitare in tutti noi una riflessione, del resto attualissima, perché, volendo mettere in evidenza l’importanza delle nostre radici (la cui memoria va promossa e consegnata soprattutto alle giovani generazioni), il carro ha inteso rappresentare il tema dell’emigrazione, che unisce la gente di tutta la Regione Veneto (così come il resto della nostra nazione) con l’intero pianeta.



Emigrando verso le aree di tutto il mondo fin dai tempi più antichi, la nostra gente da sempre ci ha fatto conoscere gli effetti della “globalizzazione” vivendola in prima persona. E uno dei momenti più alti della nostra vicenda migratoria fu appunto l’inizio del Novecento, quando nave e treno costituivano i mezzi essenziali per andare lontano, in cerca di fortuna.



In questo contesto si colloca la corsa alla Merica e il naufragio del Sirio, il piroscafo diretto in Brasile e affondato il 4 agosto 1906 nell’Atlantico, mentre trasportava oltre 1200 emigranti, in gran parte deceduti. Fra le vittime c’erano anche il Vescovo di San Paolo del Brasile e alcuni preti.



Ecco perché, idealmente, l’Associazione ha voluto mettere in evidenza l’area di provenienza dei nostri emigranti, cioè la palude (el paeù) – partendo da un accenno di storia antica e dalla nostra mitologia (gli alberi con i dischi votivi dedicati alla dea Reitzia). Altri due elementi, messi ben in evidenza, erano la nave, quale simbolo per eccellenza di chi partiva, alla ricerca dell’agognata fortuna, verso le aree più lontane del pianeta come, ad esempio il Brasile, e il treno: a quanti, muniti della classica valigia di cartone, è servito per raggiungere le mete più vicine in Europa?



In assoluto fra i più adoperati dai nostri emigranti, nave e treno rappresentavano mezzi di trasporto che utilizzavano il carbone, frutto di tanto sacrificio e sudore versato in miniera dalla nostra gente.




O territórioNotícias e eventos


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« Guia turístico de Piave Basso



CARNAVAL 2011

ÈSUI PA'L MUNDO



(Emigrantes)


EM PORTUGUES






A série de desfiles de Carnaval deste ano também viu um participante da associação "G.R.I.L. Basso Piave" em motta di livenza -domingo, de Fevereiro e terça-feira, 8 27 de Março e San donà di piave -domingo, 6 de Março.



Inspirado por uma corrente e muito problemática, a carruagem "ÈSUI pa'l MUNDO" foi proposta para solicitar em um -nos todos, reflexão, porque corrente, querendo realçar a importância das nossas raízes (cuja memória deve ser promovida e entregue principalmente para as gerações mais jovens)a carruagem tem intenção de representar o tema da emigração, que une as pessoas de toda a região de Veneto (assim como o resto da nossa nação) com todo o planeta.



Imigrando para as áreas em todo o mundo desde os tempos antigos, nosso povo sempre nos fizeram conhecer os efeitos da "globalização" que residem em primeira pessoa. E um dos momentos mais altos da nossa história de migração foi o início do século XX, quando o navio e o trem eram meio essencial para ir longe em busca de fortuna.



Neste contexto é a corrida Merica e : Sirionaufrágio do vapor dirigido ao Brasil e afundado em 4 de agosto de 1906 no Atlântico, no desempenho das suas mais de 1200 emigrantes, principalmente falecidos. Entre as vítimas havia também o bispo de São Paulo, Brasil e alguns sacerdotes.



Eis por que, idealmente, a associação querida destacar ou seja, a área de origem dos nossos emigrantes, Pântano (el paeù) – começando com uma pitada de história antiga e mitologia (árvores com discos votivas dedicados à deusa Reitzia). Os outros dois elementos, colocados bem em evidência, o navioforam, como um símbolo por excelência, de quem partiu em busca de fortuna cobiçada, para áreas mais distantes do planeta, como o Brasil e a treinar para aqueles que ostentam a mala de cartão classicÉ servido para chegar mais perto de destinos na Europa?



Absolutamente uma das mais utilizadas por nossos imigrantes, o navio e o trem representava para os meios de transporte que usado carvão, fruto de muito sacrifício e suor derramada para a mina de nosso povo.







Agradecemos a todos aqueles que colaboraram e participaram com a gente para a realização de três magníficos e dias muito intensos, temos abordado para descobrir um período caracterizado por várias dificuldades que nossos antepassados sabiam como manipular e superar; Assim, demos a oportunidade de redescobrir a humanidade e a coragem, talvez mesmo necessária para nossa sobrevivência uma sempre renovada "novo mundo".







Um agradecimento especial vai para obedientemente Don ivanir rampon, que fez importante e significativo para tecer uma estreita relação entre nós e a Comunidade do nosso vênetos emigrantes de Rio do Sul no Brasil: dele e com a contribuição de detalhes específicos obtidos de Prof. Ana Maria seganfreddo (brasileiromas as origens venezianas, bem como pesquisador da sua realidade de identidade), também foi possível receber indicações relativas à música e canções em língua vernacular (Talian) ainda em uso.



Estes foram então desenhadas seqüências coreográficas apresentadas pelo grupo que seguiu o vagão: nós fornecemos aqui algumas das imagens mais representativas.








Ringraziamo tutti coloro che hanno collaborato e partecipato insieme a noi per la realizzazione di tre magnifiche e intensissime giornate, che ci hanno avvicinato alla scoperta di un periodo caratterizzato da molteplici difficoltà che i nostri avi hanno saputo gestire e superare; ci hanno così dato la possibilità di riscoprire l’umanità e la forza d’animo, necessarie forse anche alla nostra sopravvivenza in un sempre rinnovato “nuovo mondo”.







Uno speciale ringraziamento va doverosamente rivolto a Don Ivanir Rampon, che ha contribuito in modo importante e significativo per tessere uno stretto rapporto tra noi e la comunità dei nostri emigranti veneti a Rio do Sul in Brasile: da essa, e con l’apporto di specifici particolari ottenuti dalla Prof.ssa Ana Maria Seganfreddo (brasiliana, ma di origini venete, oltre che ricercatrice della propria realtà identitaria), è stato possibile ricevere indicazioni anche in merito alle musiche e ai canti in lingua dialettale (Talian) ancora in uso.



Da questi sono state poi tratte le sequenze coreografiche presentate dal gruppo che seguiva il carro: vi forniamo qui alcune delle immagini più rappresentative.


ATÉ AQUI É O TEXTO DO SITE DA ASSOCIAZIONE G.R.I.LL BASSO PIAVE


OBSERVAMOS QUE NÃO É  UMA VERDADE ABSOLUTA O QUE ESCREVEU A REVISTA INSIEME!
MENSAGEM DA REVISTA INSIEME

Óleo sobre tela de Benedito Calixto, intitulada “Naufrágio do Sírio”, de 1907 (Museu de Arte Sacra de SP) (Reprodução)



CURITIBA – PR – Sem alguma lembrança – nem da parte da Itália, nem do Brasil – transcorreu, no último dia 4, o aniversário do naufrágio do navio Sirio que, em 1906, dois dias após ter partido do Porto de Gênova para o Brasil, naufragou com 1.700 passageiros e 127 tripulantes a bordo, entre eles cerca de 700 imigrantes italianos, dos quais 300 morreram no ato e 200 foram dados como desaparecidos para sempre.

A tragédia, lembrada em letra de música que no Brasil do Estado Novo teve proibida sua execução, se junta à tragédia de outros milhares de imigrantes que desapareceram na travessia do Atlântico e também nos primeiros tempos, após a chegada no novo destino. No Sul do Brasil, por exemplo, aos imigrantes italianos foram entregues terrenos em meio a florestas inexploradas e à época sem qualquer meio de comunicação. A ausência de qualquer lembrança sobre a data demonstra apenas que o sacrifício de milhares de imigrantes é uma história cheia de tragédias e sucessos até hoje pouco documentada e menos ainda lembrada quer na Itália, quer no Brasil. Na Itália, uma iniciativa parlamentar assumida pelo deputado Fabio Porta, do Brasil, quer tornar o estudo da emigração italiana matéria obrigatória na rede escolar.

O Naufrágio - No site “novomilenio.inf.br”, a tragédia do naufrágio do navio Sirio é assim contada: Em 4 de agosto de 1906, um navio de passageiros, o Sírio naufragou nas costas da Espanha, próximo às Ilhas Formiga, junto ao Cabo Palos, em viagem regular na linha de Gênova (de onde saíra dois dias antes) para o Brasil e países da Bacia do Prata. Eram 16 horas, e o capitão José Piconne (de 68 anos e 46 de experiência na profissão) estava descansando, ficando o comando da embarcação sob a responsabilidade do terceiro oficial, quando se ouviu um ruído ensurdecedor e um grande impacto fez o navio inteiro sacudir. O comandante, além de não controlar o pânico resultante, foi um dos primeiros a abandonar o navio.

Construído em 1883 em Glasgow, na Escócia, o Sírio era um moderno transatlântico na época, com 129 metros de comprimento e 4.141 toneladas, com motor de 5.323 cavalos-vapor, tendo feito sua primeira viagem em 15/6/1883. A embarcação transportava cerca de 1.700 passageiros (embora só pudesse levar 1.300, e 127 tripulantes), entre eles cerca de 700 imigrantes italianos, dos quais 300 morreram no ato e 200 ficaram desaparecidos. Os que conseguiram se salvar, perdendo todos os seus pertences, foram abrigados pelas populações do Cabo Palos, de Cartagena e de Alicante.

A embarcação espanhola Jovem Miguel recolheu cerca de 300 náufragos, mas foi obrigada a se afastar, deixando ainda centenas de pessoas no mar, já que a explosão das caldeiras do Sírio e seu rápido afundamento colocaram essa embarcação em perigo. Já o navio francês Marie Louise, mais distante, ao chegar ao local da tragédia só encontrou destroços.

O comandante do Sírio foi preso em Cartagena, como culpado pelo sinistro, pois costumava aumentar seus rendimentos embarcando clandestinos no litoral espanhol e teria para isso se aproximado demais dos arrecifes. Além disso, como havia uma espécie de competição entre os navios quando à rapidez nas viagens, o Sírio viajava em velocidade elevada (17 nós, ou 31,5 km/h), incompatível com o local (o Bajo de Fuera, que se transformaria num cemitério de embarcações) e mais perto da costa do que deveria. O naufrágio foi presenciado por outros navios mercantes, por ser região de intenso tráfego marítimo.

Entre os passageiros, estavam também inúmeras autoridades religiosas que voltavam de Roma. Assim, morreu nessa tragédia o monsenhor José Camargo de Barros, bispo de São Paulo, com 48 anos de idade, além do prior da Ordem dos Beneditinos de Londres, oito missionários que vinham para o Brasil, salvando-se entretanto o arcebispo do Pará, Homem de Melo.

Testemunhas afirmam que dom José Camargo de Barros morreu devido à agressão de um tripulante que lhe tirou o salva-vidas, quando ele abençoava aqueles que iam se atirando nas águas. Também morreu o cônsul da Áustria no Rio de Janeiro, Leopoldo Poltzer.

Esse naufrágio ficou marcado profundamente na memória da colônia italiana no Brasil, que - três gerações depois - ainda canta, com muita tristeza: "Il Sírio, il Sírio, la misera squadra; per molta gente la misera fin...". Nessas famílias, há um dito ritmado, transmitido de pai para filho: "quem não souber por quem rezar, reze por aqueles que estão no mar".

Letra da música – Em todas as comunidades italianas no Brasil é conhecida a canção “Il Sirio”. Mesmo que não com a letra original, a música era cantada também durante o Estado Novo (quando foram fechadas associações, escolas e se proibiu falar a língua italiana), com outras palavras. Uma delas, começava assim: “À beira da estrada / no desfiladeiro / ...” A palavra sírio aparecia apenas no refrão, mas com a conotação de alguém natural da Síria: “Um sírio, um sírio / é a última prece / com que adormece / nas mãos do senhor”.



A letra da música que lembra o naufrágio é a seguinte:

E da Genova

In Sirio partivano

Per l'America

Varcare i confin

Ed a bordo

Cantar si sentivano

Tutti allegri

Del suo destin

Urtò il Sirio

Un orribile scoglio

Di tanta gente

La misera fin

Padri e madri

Bracciava i suoi figli

Che si sparivano

Tra le onde del mar

E fra loro

Un vescovo c'era

Dando a tutti

La sua benedizion





sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

texto de jose s.

SEGANFREDO




Pesquisa de José Alfredo Schierholt



Pe. Antônio Seganfreddo

Nasceu o padre Antônio Seganfreddo em Mason Vicentino, Vicenza, na Itália, em 12 de junho de 1851.

Lá por 1883 emigrou para o Brasil, junto com vários familiares e amigos, estabelecendo-se no 2º distrito de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis, na colônia de São João Batista do Herval, depois, Capoeiras, e hoje Nova Prata. Iniciou como trabalhador braçal na construção da estrada Buarque de Macedo, no trecho Bento Gonçalves-Veranópolis, em cuja região fixou-se como agricultor. Em 1890, sentindo a falta de sacerdotes entre os imigrantes, retornou à Itália e completou seus estudos eclesiásticos no Seminário de Oné di Fonte, prosseguindo-os, dois anos depois, no Instituto Cristóvão Colombo, em Piacenza. Depois de cinco anos de estudos, com 44 anos de idade, o “Barba Tóni”, como era conhecido, foi ordenado sacerdote em 31-3-1895, integrando a Congregação dos padres scalabrinianos, fundada por Dom João Batista Scalabrini.

Com alma missionária, o neo sacerdote passou mais um ano na Itália propagando a emigração para o Brasil, onde regressou em 20-7-1895, em companhia de 2.100 imigrantes. Aqui estava terminando a Revolução Federalista, ao aportar em 17 de agosto em Santos. Em setembro se apresentou ao Bispo de Porto Alegre, pedindo para atender seus conterrâneos em Alfredo Chaves, onde moravam muitos parentes. Nos primeiros dias, hospedou-se em Nova Bassano, em casa de parentes, atendendo na região as necessidades espirituais. Como tivesse um método bastante prático de trabalho, preferindo as coisas essenciais e desprezando formalidades, Pe. Seganfreddo, às vezes, entrava em choque com colegas no ministério sacerdotal, especialmente com seu sucessor e vizinho, pároco de Nova Bassano.

Em dezembro de 1895, ficando a comunidade de Capoeiras, depois São João Batista do Herval hoje Nova Prata, sem sacerdote, foi sua vaga ocupada pelo Pe. Seganfreddo, considerado o fundador da cidade. Com muito sacrifício, em 1898, iniciou a construção da igreja matriz de Nova Prata, inaugurada em 29-9-1904. Percorria a cavalo longas distâncias para atender dezenas de linhas coloniais. Em 1901 chegou a atender Turvo, depois denominada Protásio Alves. Já muito doente, foi levado a Porto Alegre para consulta médica. Enquanto aguardava condições para se submeter a uma cirurgia, ainda teve forças para atender grupos de imigrantes na capital gaúcha. Em 25-4-1908 foi submetido à cirurgia, recuperando-se lentamente. Em 1910 teve que deixar a paróquia, procurando restabelecer sua saúde na Itália. Não suportou mais ficar longe das colônias italianas e regressou ao Rio Grande do Sul, nomeado pároco, em 5-8-1912, de Nova Vicenza, nome alterado para Farroupilha, em 1934, ao ser emancipada. Não resistiu por muito tempo. Foi novamente hospitalizado em Porto Alegre, onde faleceu em 23-12-1913. Seus restos mortais foram transladados para Nova Prata, em 29-10-1915.



José Seganfredo

Pe. Antônio Seganfreddo escreveu uma carta ao bispo fundador dos scalabrinianos, em 16-9-1897, que a penúria dos italianos, na Itália, atingiu seriamente a sua família: “...um percalço infeliz jogou na miséria a minha pobre família, tanto que, a 4 de abril deste ano, os meus velhos pais tiveram que zarpar de Gênova, em companhia de um de meus irmãos (Giuseppe), com mulher e sete filhos. Quando chegaram ao Rio de Janeiro, ao invés de serem embarcados para o Rio Grande do Sul, como queriam, foram enviados a Minas Gerais, acabando sob as garras de um fazendeiro que apenas lhes fornecia o necessário para se alimentar. Quando soube do acontecido, parti no dia 2 de julho e regressei a 8 de setembro. Tive que deixar os velhos pais, o pai com 81 anos e a mãe com 70, em São João do Montenegro. Não podia trazê-los comigo, por causa do mau tempo e das estradas totalmente impraticáveis. Eu vim acompanhado por meu irmão e por cinco de seus filhos, caminhando três dias sob uma chuva torrencial”. Outros dados da carta não interessam aqui.

Os nomes dos velhos pais do Pe. Antônio Seganfreddo Pellegrino E maria volpato