a estrada

a estrada
abrem-se caminhos

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Imigrantes Italiano. Sofrimento.Desafios na América.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

DETALHES DA ESCRITURA "A BICO DE PENA"

Muito interessante quando se tem um documento antigo como este, pode-se observar os detalhes, nomes, moeda da época....uma preciosidade.







domingo, 12 de maio de 2013

CRIANÇAS NOS CESTOS

ASSIM ERAM CARREGADAS AS CRIANÇAS PEQUENAS NOS PRIMEIROS ANOS DA COLONIZAÇÃO ITALIANA NO RS.
CRIANÇAS NOS CESTOS
 DE TAQUARA, ASSIM COMO NOSS MÃE E NOSSA TIA FORAM TRAZIDAS DE NOVA BASSANO  PARA CIRIACO.

do livro do Frei Arlindo Battistel, que girou o Rs fazendo fotos maravilhosas......

sábado, 11 de maio de 2013

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MINHA MÃE , LUIZA FERRI SEGANFREDDO=HOMENAGEM

com a neta Silvana Cericato, agora silvana Cericato Carbone, o pai no fundo, assando um churrasco na brasa...
MINHA MAE
.

Minha mãe, Luiza Ferri nasceu em  Nova Bassano, Rio Grande do Sul, Brasil, filha de Celeste Giovanni Ferri   e Pierina Cecchin, imigrantes italianos, ambos vieram com seus pais quando ainda crianças , ele com 12 anos e ela com 9 anos de idade.  Embora  fossem crianças quando vieram ao Brasil, seus pais falavam o Talian, a lingua veneto brasileira. Eles, criados nas colonias quase que exclusivamente habitadas por imigrantes italianos tambem falavam pouco o portugues. Minha mãe Luiza Ferri tinha 10 anos de idade  quando veio com seus pais e irmãos morar em  Ciriaco ,  pois meu avô precisava de mais terras para os filhos , eram já crescidos, compraram 4 colonias de terra de cultura, sendo uns dos primeiros dos imigrantes a sair da antiga colonia e vir a a habitar em novas terras, em 1925.

Minha mãe e sua irmã menor chamada Argene foram colocadas dentro dos cestos de taquara para realizar a viagem, a pé, os adultos, e as duas meninas como costumavam fazer  dentro dos cestos, não haviam outros meios de transporte, ou cavalos, ou mulas. Assim ela se tornou ciriaquense,  convivendo com suas amigas de origem italiana e tambem com as de origem luso brasileiras, como as irmãs Vieira, filhas de Otávio Vieira, especialmente a Mosa(Hiponina) a Dadina, a Neca.....foram amigas , brincavam  com as bonecas como todas as meninas e como na brincadeira haviam batizado as bonecas elas se tratavam como comadres, embora não  fossem de fato. Minha mãe falava bem o portugues, embora sempre com um acentuado sotaque italiano, pois aprendera com suas amigas luso brasileiras. Quando tinha 15 anos meu tio Antonio  Ferri levou Luiza e Argene a Nova Bassano, foram a cavalo, elas não conheciam ainda sua irmã mais velha chamada Angelina (Angela Maria Zanon) que ficara em Nova Bassano- Nesta visita conheceu meu pai Cornelio Seganfredo , que ainda morava em Nova Bassano, Ele tinha 20 anos. Foi um amor ä primeira vista.   Voltando a Ciriaco minha mãe recusava todos os pretendentes, dizia que seu futuro marido era aquele de Nova Bassano....lembremos que naquela época casavam com 17/20 anos.....
Enfim, meu pai comprou tambem terras em Ciriaco, onde seu irmão mais velho José Seganfredo viera em 1932  Quando  tinha 23 anos ,  depois que voltou do serviço   militar veio para a  então  vila  de Ciriaco e  em 1941 se casaram.

Minha mãe sempre foi agricultora, professava a religão católica, era dada a leitura e trabalhava muito, na roça e em casa, como todas as mulheres agricultoras daquela época. Governava a  casa para que nunca faltasse nada ,  lia muito, gostava de escrever cartas a seus irmãos e irmãs que tinham se mudado para outras cidades ou Estados do Brasil, gostava de receber visitas, conversar, gostava  de novidades....
O progresso em Ciriaco chegou depois dos anos 60, chegou primeiro o rádio, depois com a Luz elétrica, a TV, a água  encanada e a vida das agricultoras se tornou mais fácil. Além de  seus 7 filhos naturais criou mais uma menina luso brasileira   e incentivou as filhas e filhos para que estudassem , pois era uma forma de sair da vida dura das colonias. 

Presto minha homenagem a minha mãe, mulher forte,embora tenha nos deixado em 1992, quando faleceu   , deixando uma lacuna enorme, insubstituível para sempre.

Uma das qualidades de minha mãe era a habilidade  em imitar pessoas, contar muitos causos, riamos muito, todos juntos....enfim, minha homenagem a esta  mulher admirável, minha mãe, nossa mãe. Luiza Ferri Seganfredo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

RECORDAÇÕES DE INFÃNCIA


A PIPA DE VINHO

pipa de vinho ou "bôte" na  lingua Talian.




Fazendo as ultimas fotos de coisas antigas que permanecem na casa onde nasci encontrei esta velha pipa de armazenar vinho   Na verdade tínhamos tres pipas para armazenar vinho produzido artesanalmente todos os anos . Estas pipas na lingua talian  nós chamávamos de "bôte" .O nosso parreiral era grande, o do tio Jose Seganfredo, bem perto , a uns 200 metros tambem, e tinha o do Ermelindo Alievi, casado com nossa  prima Gema Alievi, o do tio Acchiles Seganfredo, dos Mioto, dos Ferrareze... então quando a uva amadurecia era necessário colher rapidamente e concomitantemente ir "pisando os grãos" para extrair o suco e colocar para  fazer todo o processo da transformação para vinho, que deveria ser feita com todo cuidado, para que não se tornasse vinagre! Mas nossos pais, nossos tios sabiam muito bem fabricar este vinho, pois fora passado de geração em geração pelos seus pais, meus avós e bisavós italianos, que vieram do Veneto, Itália como imigrantes, onde trabalhavam   com "vinhais".

A vindima  era uma festa, pois as familias tinham a oportunidade de permanecer juntas por mais tempo, motivos para rir, contar causos, os mais jovens ajudavam "pisar as uvas", e assim passavamos mais ou menos  de 15 a 20 dias  todos juntos.

Nestas ocasiões vinha sempre a tona uma hisória  oral que a nona Catarina contava: os Seganfredo, na Italia trabalhavam de meeiros para um conde que era muito tirano e sua esposa tambem. Moravam em um casarão , na colonia , o Conde chegava a fechar o porão a chave com medo de ser roubado. Mas, diagamos, já naquela época  estes tais de "condes" já não estavam mais com tanto poder, as coisas iam mal na Italia.....
Na época da colheita o tal conde chegava para acompanhar a colheita  e dava a ordem de que as uvas  melhores deveriam ser colocadas em um cesto que seria para sua familia e  as uvas menos saudáveis fossem colocadas para os meeiros....Seganfredo, a familia de Carlo e de Giuseppe trabalhavam juntas nisso. Mas como os Seganfredo não eram nada bobos enchiam os dois cestos concomitantemente , e quando iam levando os mesmos para o depósito , carregando de dois em dois, as  duplas de carregadores  ficavam lado a lado, e, quando este tal conde se distraia, no meio do caminho, rápidamente trocavam os cestos, isto é, faziam justiça, 1 cesto de uva  boa para  conde e o mesmo para eles, contrariando as ordens do conde sem discutir.
Perguntando aos nossos parentes italianos se sabiam que nossos antepassados haviam trabalhado de meeiros para uma familia de nobres não foi possivel encontrar indícios que provassem esta história oral. Mas é bem possivel que seja verdadeira.
E, quanto a fabricação de vinho artesanal, nossas familias que moravam na colonia em Ciríaco com o tempo pararam de cultivar uvas para fazer vinho, mas mantem sempre algumas parreiras para consumo .....é o costume.
Fica em aberto, algum primo que lembrar da história ........Boas lembranças.....
nossas parreiras

quarta-feira, 3 de abril de 2013

DA INTERNET PIONEIROS SCALABRINIANOS

Obs: Barba Toni era o apelido de Pe.Antonio Seganfredo, Barba era equivalente a `tio
Pe. Antonio  Seganfredo é o primeiro sentado ao lado de D.Scalabrini, à direita

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CAPÍTULO VIII
Chegada do Velho “Barba Toni”
Conforme a carta de 16 de agosto, que o Pe. Giuseppe Molinari escreveu ao bispo de Porto Alegre, o plano de viagem dos missionários havia sofrido uma alteração: Serraglia desistira do compromisso de acompanhar Seganfredo, para unir-se ao Pe. Colbachini.
Entretanto, o Pe. Antônio Seganfredo – Barba Toni para os amigos – respeitou-o, e partiu de Placência no dia 20 de julho. Pouco tempo depois zarpou de Gênova, no navio “Edilio Re”, assumindo o cargo de capelão de bordo durante a travessia. “A viagem foi longa e agitada – escreve ele. Embarcados no Edílio encontravam-se 2.218 passageiros de terceira classe. Fui tratado otimamente. O comandante, uma pessoa exemplar, vinha à Missa todas as manhãs. Ai de quem ousasse insultar-me. Ele tomava minha defesa. Celebrei vinte Missas: quinze “ad mentem Archiepiscopi Genovensis” e cinco para passageiros. Morreram seis crianças que ainda não tinham completado um ano e uma mulher de trinta anos. Nasceram dois”(53).
O precioso trabalho de Seganfredo entre os passageiros mereceu um voto de louvor do Capitão Pezzolo Emanuele que, no dia 17 de agosto, escreveu de Santos a D. Scalabrini:
“O abaixo assinado, capitão do vapor “Edilio Re”, da Sociedade Ligure Brasileira, teve a honra de ter a bordo o Rev.mo Pe. Antônio Seganfredo, da Congregação fundada por V. Ex.a Rev.ma. Sinto o dever de comunicar-lhe quanto a obra deste benemérito sacerdote tenha sido útil durante a viagem que acabo de fazer de Gênova, Nápoles, Rio de Janeiro e Santos, graças a Deus em boas condições de tempo e de saúde. Em meio a 2.100 pobres emigrados, apertados em exíguo esparso e dos quais a maioria enfrentava o mar pela primeira vez, pude constatar quanto a obra do missionário seja eficaz para confortar os tímidos e os acabrunhados, para acalmar eventuais animosidades que surgem por questões fúteis e atritos inevitáveis durante essas viagens, onde se encontram aglomeradas pessoas tão diversas não só de províncias como também de nacionalidade.
Oxalá todos os navios que conduzem um tal número de emigrantes pudesse sempre contar, para o bem deles, com um dos missionários do benemérito Instituto fundado por V. Ex.a Rev.ma”(54).

domingo, 20 de janeiro de 2013

LORENA E CASSIEL VISITAM O MUSEU DO IMIGRANTE

chapéus , feitos com palha de trigo(dressa) e sacolas(sportas)
o Rio das antas , o maior  rio, navegável, embora perigoso, por  aqui eram escoados muitos produtos da colonia
museu do Imigrante, onde estão muitas fotos e objetos que pertenciam  aos imigrantes
Igreja atual, belissima.
Nosso antepassado, padre scalabriniano,   Antonio  Seganfredo  deixou sua marca em Nova Prata, onde contruiu , junto com os imigrantes a Primeira e a segunda Igreja de São João Batista.Agora, reformada.
A primeira Igreja, de madeira, pequena

a segunda Igreja, em alvenaria.Aqui os restos mortais ficaram enterrados, quando trazidos de Porto Alegre

D.;Scalabrini participou da inauguração desta Igreja, a segunda

fotos do museu do Imigrante
sexta geração, Cassiel, visitando a Igreja atual

Até a reforma os restos mortais dele estavam enterrados na segunda Igreja.