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quarta-feira, 3 de abril de 2013

DA INTERNET PIONEIROS SCALABRINIANOS

Obs: Barba Toni era o apelido de Pe.Antonio Seganfredo, Barba era equivalente a `tio
Pe. Antonio  Seganfredo é o primeiro sentado ao lado de D.Scalabrini, à direita

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CAPÍTULO VIII
Chegada do Velho “Barba Toni”
Conforme a carta de 16 de agosto, que o Pe. Giuseppe Molinari escreveu ao bispo de Porto Alegre, o plano de viagem dos missionários havia sofrido uma alteração: Serraglia desistira do compromisso de acompanhar Seganfredo, para unir-se ao Pe. Colbachini.
Entretanto, o Pe. Antônio Seganfredo – Barba Toni para os amigos – respeitou-o, e partiu de Placência no dia 20 de julho. Pouco tempo depois zarpou de Gênova, no navio “Edilio Re”, assumindo o cargo de capelão de bordo durante a travessia. “A viagem foi longa e agitada – escreve ele. Embarcados no Edílio encontravam-se 2.218 passageiros de terceira classe. Fui tratado otimamente. O comandante, uma pessoa exemplar, vinha à Missa todas as manhãs. Ai de quem ousasse insultar-me. Ele tomava minha defesa. Celebrei vinte Missas: quinze “ad mentem Archiepiscopi Genovensis” e cinco para passageiros. Morreram seis crianças que ainda não tinham completado um ano e uma mulher de trinta anos. Nasceram dois”(53).
O precioso trabalho de Seganfredo entre os passageiros mereceu um voto de louvor do Capitão Pezzolo Emanuele que, no dia 17 de agosto, escreveu de Santos a D. Scalabrini:
“O abaixo assinado, capitão do vapor “Edilio Re”, da Sociedade Ligure Brasileira, teve a honra de ter a bordo o Rev.mo Pe. Antônio Seganfredo, da Congregação fundada por V. Ex.a Rev.ma. Sinto o dever de comunicar-lhe quanto a obra deste benemérito sacerdote tenha sido útil durante a viagem que acabo de fazer de Gênova, Nápoles, Rio de Janeiro e Santos, graças a Deus em boas condições de tempo e de saúde. Em meio a 2.100 pobres emigrados, apertados em exíguo esparso e dos quais a maioria enfrentava o mar pela primeira vez, pude constatar quanto a obra do missionário seja eficaz para confortar os tímidos e os acabrunhados, para acalmar eventuais animosidades que surgem por questões fúteis e atritos inevitáveis durante essas viagens, onde se encontram aglomeradas pessoas tão diversas não só de províncias como também de nacionalidade.
Oxalá todos os navios que conduzem um tal número de emigrantes pudesse sempre contar, para o bem deles, com um dos missionários do benemérito Instituto fundado por V. Ex.a Rev.ma”(54).

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